Mestre Blogueiro: Barracos

Olá, patotinhas do meu coração!


Quem vos fala é o Mestre, bicho. Hoje dei umas voltas por algumas unitZ para saber de vocês que histórias eu deveria escrever hoje. As respostas foram unânimes, todo mundo quer saber mesmo é dos barracos que já aconteceram na minha vida.


Vejamos… Certa vez fiquei grilado com uma prima minha da Croácia. Ela me convenceu a fazer a barba com cera quente. Ela disse que não doia nada e eu, inocente, acreditei. Ela disse que essa seria a melhor maneira de evitar todos os pelos encravados que estavam tirando meu sono. Achei estranho quando ela disse que tinha que me amarrar na mesa, mas deixei porque… nao sei por que, na verdade. Quando ela colocou a cera na minha barba e puxou, minha alma foi junto. Eu mandei brasa num grito tão agudo que as janelas de vidro da casa inteira quebraram. Me senti um Hulk, quebrei as amarras e proclamei palavrões que recuso repetir até hoje. Ela só riu. Um grande abraço, Clotilde da Meia-noite.


Partindo para o próximo barraco. Antigamente eu gostava muito de fazer ovos cozidos rosa. Alguém aí já ouviu falar? Não vou revelar a receita, pois é segredo de família, mas o ovo fica uma delicia e rosa. Teve um dia, na época da escola (alguns diriam na época que Judas perdeu as botas), que eu não tinha nada para comer além disso. Eu tinha 12 ovos cozidos que ia comer no recreio, mas meus colegas de classe roubaram minha lancheira e comeram tudo. Eu estava com tanta fome e raiva que me transformei numa fera maligna e arranquei o cabelo de uns três com os dentes. Por favor, meus netinhos, nunca repitam isso, pois fui expulso da escola e do bairro. Sem contar que passei um mês metendo o sebo nas canelas porque os amiguinhos deles pegaram marcação em mim. Bons tempos. Rskkkrskkkrs


Para encerrar os meus barracos, certa vez, fiz uma viagem de família com meus pais. Nós explorávamos uma floresta misteriosa cuja localidade não posso revelar. Eu era pré-adolescente como vocês. Nessa viagem, havia tantos mosquitos que eu já estava perdendo a paciência. Comecei a gritar, pedindo que meus pais fizessem algo para parar os mosquitos. Eles ficaram com tanta raiva do meu barraco que me chutaram para fora do ônibus e seguiram viagem dizendo que depois voltavam para me buscar. Horas passaram e fui atrás deles, mas acabei me perdendo no mato. Fui encontrado por um clã de felinos da floresta, que ameaçou me transformar em lanche. Tive que provar meu valor para poder viver. Tive de realizar diversas missões de caça que exigiam muita coragem, força e resiliência. Não lembro bem, mas acho que passei alguns meses com eles. Passei tempo suficiente para aprender gatês. Quando reencontrei meus pais, meu pai ficou tão orgulhoso de mim. Depois descobri que ele tinha planejado tudo com os felinos, aquele pangaré.


Esses foram meus barracos. Acharam supimpa? E vocês tem algum barraco para compartilhar? Quero muito saber.


Até o próximo artigo, meus netinhos.


Um abraço do Mestre